A essência da igreja: a missao de Cristo e
a nossa missao.
a nossa missao.
"Eu acredito em seu Cristo mas nao acredito em seu cristianismo" é uma conhecida frase de Ghandi. A essência da igreja consiste em "andar como Jesus andou" (1 Jo 2:6). "E o amor é este: que andemos segundo os seus mandamentos. Este mandamento, como ouvistes desde o principio, é que andeis nesse amor". (2Jo 6). Nossa mensagem se torna insignificante se o que vivemos é diferente do que pregamos. O povo de Deus deve andar como Jesus andou. Neste estudo, veremos trés perspectivas nos quais Jesus andou.
Jesus andou na práxis do amor
Podemos encontrar basicamente quatro recomendaqóes na praxis do amor de Jesus: 1. Ame seus inimigos (Mt 5.44); 2. Ame o seu vizinho (Mt 19.19); 3. Ame o Senhor seu Deus (Mt 22.37); 4. Amem uns aos outros (Jo 12.24). Estos sao os mandamentos de Jesus. Jesus disse: "Se me amais, guardareis os meus mandamentos" (Jo 14.15) e: "Aquele que tem os meus mandamentos e os guarda, esse é o que me ama; e aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu também o amarei e me manifestarei a ele" (Jo 14.21). Nós temos uma grande segurança com relaçao ao amor de Jesus: "Como o pai me amou, assim também eu vos amei permanecei no meu amor" (Jo 15.9). Paulo foi tao compromissado com Cristo, que disse: "O amorde Cristo nos constrange" (2Co 5.14). Paulo compreendeu que a práxis deve ser realizada em e através do amor:
Ainda que eu fale as línguas dos homens e dos anjos, se náo tiver amor, seria como o bronze que soa ou como o címbalo que retine. inda que eu tenha o dom de profetizar e conheça todos os mistérios e toda a ciéncia: ainda que eu tenha tamanha fé, a ponto de transportar montes, se náo tiver amor, nada serei. ainda que eu distribua todos os meus bens entre os pobres e ainda que entregue o meu próprio corpo para ser queimado, se nao tiver amor, nada disso me aproveitará (ICo 13.1-3).
A práxis de Jesus é a práxis do amor. O amor é a revelaçao da verdade. Neste sentido, as palavras de Jesus sao profundas quando diz que “nisto conheceráo que sois meus discípulos: se tiverdes amor uns aos outros" (Jo 13.35). Todos, homens e mulheres, "conhecerao" que somos discípulos de Jesus através da práxis mútua do amor.
Jesus andou na práxis de servo
Uma das declaraçoes mais extraordinárias na Bíblia que Deus fez em relaçao a Jesus é esta: "Eis aquí o meu servo, que escolhi, o meu amado, em quem a minha alma se compraz. Farei repousar sobre ele o meu Espirito, e ele anunciará juízo aos gentios" (Mt 12.18). Jesus, como Filho do Homem, foi escolhido em amor para “anunciar juízo aos gentíos”. Ele é a proclamaçao de Deus, sendo ele mesmo as "boas novas". Deus apresentou seu filho ao mundo como "meu servo". Avida e ministério de Jesus sao coerentes com o seu chamado. Se Deus chamou seu Filho de "meu servo", conseqüentemente, "o Filho do Homem nao veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate por muitos" (Mt 20.18). Ele é o "servo sofredor" (Is 53). Jesus desenvolveu seu ministério baseado na práxis do serviço. De acordo com a narrativa de Lucas, o serviço de Jesus possuía basicamente, cinco direçoes- 1. Ele pregou as boas novas para o pobre; 2. Ele proclamou libertaçao aos cativos; 3. Ele restaurou a vista aos cegos; 4. Ele libertou os oprimidos; 5. Ele proclamou o ano aceitável do Senhor (Lc 4.18,19). Jesus, durante todo o seu ministério, sempre esteve cercado de pobres, prisioneiros, cegos, oprimidos e os menos favorecidos. Jesus desenvolveu, como servo, a práxis do serviço de forma "inclusiva". Costas disse:
Portanto, ele direciona sua missao áqueles que demonstram a tragédia do pecado de uma forma mais gráfica: o pobre – aquele que náo possui coisa alguma nem ninguém que possa ajudá-lo em suas necessidades,- o cativo – aquele cuja liberdade foi mutilada; - o cego – aquele que está impossibilitado físicamente de apreciar e contemplar as boas coisas da criaçao; o oprimido – aquele que tem sido escravizado e domesticado por outro ser humano. Em açao e em palavras, Jesus proclamou para todos estes o ano do Jubileu, a libertaçao da história (cf. Lc 4.18,19) (1982b:45).
Jesus andou na práxis da compaixao
O terceiro aspecto da práxis de Jesus é a compaixao. Compaixao é muito mais que um sentimento; compaixáo é a prática de um coraçao cheio de misericórdia e justiça. Nós (como igreja e discípulos de Jesus) corremos o risco de desenvolver nossos ministérios sem compaixao se nao levarmos em consideraçao, a definiçao acima, porque é possível servir sem compaixao. O serviço se transforma meramente em uma tarefa. Jesus teve varias expressoes de compaixao em seu ministério. Um día, "chamando Jesus os seu discípulos, disse: tenho compaixao desta gente; porque há trés días que permanece comigo e nao tem o que comer; e nao quero despedí-la em jejum, para que nao desfaleça pelo caminho" (Mt 15.32). Compaixao é práxis.
Se a igreja deseja desenvolver uma açao pastoral na cidade, a compaixáo se faz necessária. Indiferença, anonimato, animosidade e severidade sao algumas características negativas da vida na cidade. Uma das cenas mais belas da Bíblia, ao meu ver, é guando Jesus encontra um homem que havia sido inválido e vivendo sem esperança por trinta e oito anos (Jo 5.1-15). Trinta e oito anos é um tempo muito longo. Este homem, um inválido, representa de certa forma milhoes e milhoes de pessoas neste mundo que nao tem acesso a saúde, educaçao, moradia e alimentaçao. Nós vemos, nos días de hoje, a negligência a milhoes de pessoas que nao passam de "inválidas", pessoas doentes, descartadas pela sociedade. O lugar da cena acima descrita era Betesta, que significa "casa de misericórdia". A igreja debe ser uma "casa de misericórdia" para aqueles que estao sofrendo, sem esperança neste mundo. Seguindo o exemplo de Jesus, a igreja é também chamada a desenvolver esta mesma atitude de Cristo, que disse: "Tenho compaixáo desta gente" (Mt 15.32).
Nós vimos neste estudo que Cristo é o fundador da igreja, e conseqüentemente, a igreja pertence a ele, pois ele mesmo morreu na cruz por ela. Por isso, a igreja é chamada a andar (práxis) como Jesus andou, um andar em amor, serviço e em compaixáo. A igreja preservará a sua missao na cidade se viver e agir desta maneira.
Parabéns pelo blog. Já estou seguindo.
ResponderExcluirAproveito para lhe convidar a conhecer o meu blog, e se desejar também segui-lo, será uma honra.
www.hermesfernandes.com
Juntos pelo Reino!
Meu caro AMIGO, a paz do Senhor! Estou muito feliz com esse texto, o primeiro parágrafo só confirma uma coisa que tenho na cabeça. "Devemos ser igreja de domingo a domingo em todos os lugares onde formos".
ResponderExcluirUm grande abraço e que Deus continue abençoando a todos vocês na missão! É um ato nobre viver para salvar almas em outro país.